Segundo boletim médico, ele está sendo medicado para controlar a pressão arterial
O ex-jogador Sócrates está sob cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), respirando com o auxílio de aparelhos e em uso de drogas para manutenção da pressão arterial, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, na manhã desta terça-feira (6).
O craque ribeirão-pretano retornou ao hospital na madrugada de segunda-feira (5), por apresentar novo episódio de hemorragia digestiva alta devido à hipertensão portal.
Segundo o boletim, foram adotados procedimentos medicamentosos, endoscópicos e por radiologia intervencionista para controle do sangramento.
Sócrates tinha recebido alta no último dia 27 de agosto, após passar oito dias na internação com uma hemorragia digestiva devido à hipertensão portal. Após uma semana na UTI, ele se recuperou e recebeu alta. Em entrevista, o ex-jogador admitiu que seu problema era em decorrência do álcool.
- Eu pago pelo problema (do alcoolismo). Fundamentalmente (o problema é causado) por álcool. O fígado fica todo inflamado e não deixa passar nada. É como se fosse uma bomba de sangue represado, e ele vai ter de explodir em algum lugar. No meu caso, explodiu no estômago - falou Sócrates, na entrevista que foi concedida um dia depois de receber alta do Hospital Israelita Albert Einsten.
Na ocasião, o ex-atleta disse que não beberia mais.
- A abstinência vai ser total pra mim daqui pra frente. Mas, em seis meses, acho que meu fígado pode reunir condições de se equilibrar totalmente para que eu não tenha mais esse problema.
Paraense de Belém, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira tem 57 anos (19/02/1954) e começou a carreira no Botafogo de Ribeirão Preto, integrando o quadro principal da Pantera em 1974. Após grande destaque no Paulista de 1977, quando a equipe do interior consagrou-se campeã do primeiro turno do estadual, o então atacante ganhou projeção nacional e, depois do Brasileiro daquele ano, foi contratado pelo Corinthians, onde se tornou referência e ídolo da Fiel.
Atuou no Timão até 1983, sendo personagem principal da chamada Democracia Corintiana, que dava liberdade aos atletas em troca de desempenho nos gramados. A política deu resultado, culminados com o bicampeonato paulista de 1982/83 (já conquistara o estadual em 1979).
Deixou o Corinthians em 1984, quando se transferiu para o Fiorentina, da Itália. Entre 1985 e 1987 defendeu o Flamengo, encerrando profissionalmente sua carreira após uma rápida passagem pelo Santos em 1989. Pela Seleção Brasileira, atuou nas Copas de 1982 e 1986. É irmão do também ex-jogador Raí (astro do São Paulo do fim dos anos 1980 e início dos 90 e campeão mundial com a Seleção em 1994).