Vítima foi socorrida pelo marido que dirigiu a ambulância até Araraquara
Maria Aparecida Bergamim, de 65 anos, passou mal e foi socorrida por familiares e levada até o pronto-socorro de Santa Lúcia para atendimento. Chegando lá a família relatou que houve omissão de socorro da unidade hospitalar. Além da demora no atendimento o motorista da ambulância se recusou a levar Maria Aparecida para ser atendida em Araraquara.
O próprio marido dela que é motorista da Prefeitura obteve uma autorização da Diretora de Saúde para dirigir uma ambulância até Araraquara, mas a vítima teve um infarto e não resistiu, morrendo assim que deu entrada na Santa Casa. Na ambulância não havia nenhum médico ou enfermeiro acompanhando, informou familiares que estavam com a vítima.
Segundo a filha, “a enfermeira falou que o motorista se negou a levar a mulher porque ele ia largar o serviço às 22h e já eram 21h31.” Em Boletim de Ocorrência, registrado por um médico de Araraquara, por omissão de socorro, a enfermeira Alaíde Gouveia Jardim disse que chamou o motorista pelo interfone, mas não teve retorno. Quando percebeu, o funcionário já tinha ido embora.
A diretora de Saúde de Santa Lúcia, Vera Lúcia Casterete, disse que a Prefeitura abriu um processo administrativo. Motoristas, médicos, enfermeiros e parentes da vítima devem ser ouvidos ainda esta semana. “A obrigação do motorista enquanto ele está ali é atender é buscar a paciente, independente de estar faltando dois minutos para picar o cartão”, disse.
